No meio há um amigo que recentemente me perguntou uma questão: a BlackRock realmente colocou o Bitcoin como uma das principais alocações para 2025? Eu respondi com um sorriso: não é tão simples assim.

As ações da BlackRock na cúpula de Nova York realmente merecem atenção, mas não na forma que todos entendem. Para ser preciso, essa gigante global de gestão de ativos, que administra 12,5 trilhões de dólares, coloca o Bitcoin ao lado dos títulos do Tesouro dos EUA e das ações de tecnologia líder como os três pilares do portfólio de investimentos moderno. O que esse sinal significa? Que o Bitcoin, de um ativo marginal, passou a ser uma alocação padrão ao nível institucional.

Tenho anos de experiência no setor de criptomoedas, e é a primeira vez que vejo uma cena assim. Uma gigante que gerencia a riqueza global reconhece publicamente o valor de armazenamento do Bitcoin, como se o manual do finanças tradicionais fosse de repente reescrito.

Qual é a lógica real da BlackRock? Eles valorizam a baixa correlação do Bitcoin com ativos tradicionais. Em um contexto de alta de IA, polarização geopolítica e ajustes na matriz energética, um ativo que não oscila junto com esses fatores tem um papel enorme no equilíbrio de risco do portfólio. Isso não é especulação, mas uma lógica fundamental de alocação de ativos.

Para deixar claro, a BlackRock não disse que o Bitcoin será a pista mais forte em 2025, mas sim que ela foi elevada ao nível de alocação estratégica de ativos. São conceitos completamente diferentes. Um é apostar em um único ativo, o outro é incluí-lo em uma estrutura de diversificação de longo prazo. Para investidores institucionais, o significado do segundo é muito mais profundo.