A semana de ouro sofreu uma correção na segunda-feira, mas o espaço para queda é limitado; o fortalecimento do dólar e o sentimento de risco são fatores-chave

O que nos diz a análise técnica

O ouro/dólar voltou a perder os 4050 dólares na sessão asiática de segunda-feira, continuando a operar sob pressão. Do gráfico, a linha de tendência de alta desde o final de outubro ainda sustenta o movimento, estando atualmente por volta de 4030 dólares, coincidindo também com a EMA de 200 períodos no gráfico de 4 horas, sendo considerada o suporte chave no momento.

Se esse nível for rompido de forma efetiva, o espaço para queda se abrirá — primeiro, é preciso ver se o nível psicológico de 4000 dólares consegue ser mantido, seguido pelo ponto mais baixo de volatilidade da semana passada, na faixa de 3968-3967 dólares. Mais abaixo, há os níveis de 3931 dólares, 3900 dólares, e o ponto mais baixo de final de outubro, em 3886 dólares, esperando.

Por outro lado, se o ouro conseguir se firmar na zona de oferta de 4080 dólares, há potencial para continuar desafiando a barreira de 4100 dólares, mirando uma resistência próxima de 4152-4155 dólares. Se o movimento for forte, até mesmo pode retomar o nível de 4200 dólares, inteiro.

Fundamentais: Dólar forte pressiona compras de proteção

Atualmente, o dólar mantém-se próximo de máximas desde o final de maio, sendo essa a principal razão para a pressão sobre o ouro. Embora haja divergências nas declarações de membros do Federal Reserve, elas, em geral, apoiam a força do dólar.

O presidente do Fed de Nova York, Williams, na sexta-feira passada, adotou uma postura dovish, dizendo que a política atual está em um nível moderadamente restritivo, com espaço para corte de juros ainda neste ano. Os traders reagiram imediatamente, com a expectativa de uma probabilidade de cerca de 67% de corte de juros pelo Fed em dezembro. Contudo, a postura hawkish do presidente do Fed de Dallas, Logan, voltou a puxar para cima, defendendo que a política de juros deve permanecer inalterada no curto prazo, o que ajuda a manter o dólar forte.

A alta dos ativos de risco também desvia o interesse pelo ouro. Impulsionados pelo otimismo de que o Fed continuará a cortar juros em dezembro, as ações asiáticas subiram na segunda-feira, recuperando parte das perdas recentes. O apetite por risco dos investidores melhora, reduzindo a demanda por ativos de proteção, o que é mais um motivo para o ouro, que tem oscilado dentro de um intervalo conhecido desde a semana passada.

Risco geopolítico temporariamente contido

Embora os mercados de ações e o dólar estejam pressionando o ouro, a incerteza geopolítica oferece uma certa proteção ao metal precioso.

A guerra entre Rússia e Ucrânia continua a se intensificar — a Ucrânia lançou ataques com drones em usinas termelétricas na região de Moscou, enquanto a Rússia afirma ter tomado três vilarejos no leste. O presidente dos EUA, Trump, estabeleceu o dia 27 de novembro como prazo final para a Ucrânia aprovar um plano de paz de 28 pontos. A Ucrânia busca modificar os termos, querendo acabar com a guerra sem fazer concessões excessivas — essa situação indica que o risco geopolítico deve persistir, possivelmente sustentando o suporte ao ouro.

A instabilidade no Oriente Médio também não diminui, sendo outro motivo pelo qual o mercado mantém uma margem de risco para os metais preciosos.

Dados econômicos desta semana são um ponto de inflexão

Os traders agora focam na agenda econômica dos EUA para esta semana. Na terça-feira, saem o Índice de Preços ao Produtor (PPI), vendas no varejo e o índice de confiança do consumidor, enquanto na quarta-feira será divulgado o PIB preliminar do terceiro trimestre e o índice de preços PCE.

Esses dados são cruciais para o caminho de cortes de juros do Fed e influenciarão diretamente os movimentos de curto prazo do dólar, além de fornecerem um impulso relevante para o ouro, que é um ativo sem rendimento. Em outras palavras, se os dados econômicos forem fracos, o ouro pode se recuperar com a expectativa de novos cortes de juros pelo Fed; se os dados forem fortes, o dólar pode continuar a se fortalecer.

Recomendações de negociação

No curto prazo, o ouro precisa romper o suporte chave de 4030 dólares para justificar uma queda mais acentuada. Antes disso, a incerteza geopolítica contínua deve impedir que os vendedores de curto prazo exagerem nas posições de venda. Portanto, até que os dados econômicos sejam divulgados nesta semana, recomenda-se cautela nas operações, evitando apostas em movimentos unilaterais.

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