Recentemente tenho pensado bastante sobre DeFi. À primeira vista, todos competem por dados rápidos, preços precisos e altos retornos, mas quanto mais fundo se vai, mais se percebe — na verdade, esses não são os gargalos mais críticos. O que realmente importa? Será que dá para explicar na hora por que essa operação precisa ser feita exatamente assim?

Depois de ficar tempo suficiente nesse espaço, você percebe que o DeFi já está totalmente automatizado. Liquidações, compensações, redistribuição de ativos, tudo acontece assim que uma condição é acionada, sem dar chance de reação. Antes, ainda era possível enganar com a reputação do projeto e dados históricos, dizendo algo como "confie em mim" e alguém seguia. Mas agora? Essa tática já não funciona mais. São muitos os que caíram em armadilhas, a confiança não se sustenta mais só na palavra, é preciso ter provas concretas. É necessário detalhar cada lógica de operação, demonstrando que, nas condições de mercado daquele momento, aquela ação realmente fazia sentido.

Por isso, ao projetar oráculos, não focamos em acumular as "fontes de dados mais rápidas" ou "mais pontos de preço". Em vez disso, cada atualização do estado de mercado é pensada como uma declaração de informação completa: de onde vêm os dados, como são processados, em que momento são coletados, por que são acionados naquele ponto. Cada etapa deve ser passível de auditoria, de rastreamento e de contestação. Mesmo com a volatilidade do mercado ou questionamentos, o que tenho em mãos não é uma frase vazia como "o código não tem problema", mas uma cadeia completa de rastreamento desde os dados originais até a lógica de execução.

Claro que isso não é exatamente "leve" — a agregação de dados com alta certeza sacrifica alguma flexibilidade, a precisão do timestamp exige mais cuidado, e o custo de auditoria é maior. Mas, na era em que o DeFi já está automatizado e os participantes já estão exaustos, acho que isso é justamente o básico para sobreviver.