A Bristol Myers Squibb acaba de divulgar resultados convincentes da Fase 2 para o BMS-986278, um antagonista oral experimental de LPA1 direcionado à fibrose pulmonar progressiva — e os números são impressionantes. Quando administrado a 60 mg duas vezes ao dia durante 26 semanas, o medicamento conseguiu uma redução relativa de 69% na declínio da função pulmonar em comparação com o placebo, medida pela capacidade vital forçada prevista em percentagem (ppFVC).
A Evidência Clínica Fala Por Si
Os dados do ensaio contam uma história importante para os pacientes que enfrentam esta doença devastadora. No grupo de fibrose pulmonar progressiva, a dose de 60 mg desacelerou a taxa de declínio do ppFVC de 4,2% (placebo) para apenas 1,3% ao ano — uma diferença significativa para indivíduos que vivem com doença pulmonar fibrosante progressiva. Ainda mais convincente: uma redução relativa de 74% surgiu ao analisar todos os dados disponíveis, independentemente dos ajustes de dose.
A dose de 30 mg também mostrou potencial, com uma redução relativa de 42% na análise enquanto em tratamento, embora a dose mais alta tenha demonstrado eficácia superior.
Eficácia Consistente em Diversos Subgrupos de Pacientes
O que torna esses resultados do BMS-986278 particularmente promissores é a sua consistência. O efeito do tratamento permaneceu robusto, quer os pacientes recebessem terapia antifibrótica de base ou não — aproximadamente 38% dos participantes usaram medicamentos antifibróticos padrão junto com o agente investigacional. Da mesma forma, o benefício foi mantido independentemente de os pacientes apresentarem padrão de pneumonia intersticial usual (UIP), sugerindo uma aplicabilidade ampla.
Perfil de Segurança: Uma Vantagem Crítica
Para além da eficácia, a tolerabilidade é extremamente importante. O BMS-986278 demonstrou um perfil de segurança favorável: as taxas de eventos adversos foram comparáveis ao placebo (67% vs. 78% no braço de placebo), enquanto as taxas de descontinuação do tratamento devido a eventos adversos foram dramaticamente menores — apenas 0% no grupo de 60 mg versus 15% no placebo.
Os efeitos colaterais mais comuns (diarreia, COVID-19, tosse, dispneia) ocorreram em frequências gerenciáveis, com eventos adversos graves significativamente menores nos grupos de BMS-986278 (12% na dose de 60 mg versus 32% no placebo).
Mecanismo e Contexto
O BMS-986278 direciona-se ao receptor de ácido lisofosfatídico 1 (LPA1), inibindo-o — abordando uma via patogênica reconhecida na fibrose pulmonar. Evidências pré-clínicas sugerem que o antagonismo de LPA1 pode mitigar lesões pulmonares e a progressão fibrosante, posicionando essa abordagem como uma potencial primeira opção de classe.
O Que Acontece a Seguir
Esses achados da Fase 2 na fibrose pulmonar progressiva, combinados com dados previamente relatados de fibrose pulmonar idiopática (mostrando redução relativa de 62%), abriram caminho para o programa global de Fase 3 ALOFT (Um ensaio de antagonista de LPA1 para fibrose pulmonar). Tanto os grupos de IPF quanto de PPF estão avançando para avaliações em estágio avançado.
Por Que Isso Importa
A fibrose pulmonar continua sendo um desafio sério — sobrevida mediana de 3 a 5 anos após o diagnóstico, taxa de sobrevivência de 5 anos próxima de 45% para IPF. A maioria dos pacientes experimenta falta de ar progressiva, comprometimento físico e necessita de oxigênio suplementar contínuo. A inovação estagnou, com poucas novas terapias aprovadas em quase uma década. O BMS-986278 representa um potencial ponto de virada para milhares de pacientes globalmente que vivem com essa condição.
Os dados da Fase 2 serão apresentados formalmente no Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia 2023 (9-13 de setembro, Milão), com a inscrição agora passando para avaliação de Fase 3. Para a comunidade de fibrose pulmonar, a trajetória do BMS-986278 oferece uma esperança genuína.
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Avanço: Novo tratamento para fibrose pulmonar BMS-986278 demonstra preservação significativa da função pulmonar em ensaio de fase 2
A Bristol Myers Squibb acaba de divulgar resultados convincentes da Fase 2 para o BMS-986278, um antagonista oral experimental de LPA1 direcionado à fibrose pulmonar progressiva — e os números são impressionantes. Quando administrado a 60 mg duas vezes ao dia durante 26 semanas, o medicamento conseguiu uma redução relativa de 69% na declínio da função pulmonar em comparação com o placebo, medida pela capacidade vital forçada prevista em percentagem (ppFVC).
A Evidência Clínica Fala Por Si
Os dados do ensaio contam uma história importante para os pacientes que enfrentam esta doença devastadora. No grupo de fibrose pulmonar progressiva, a dose de 60 mg desacelerou a taxa de declínio do ppFVC de 4,2% (placebo) para apenas 1,3% ao ano — uma diferença significativa para indivíduos que vivem com doença pulmonar fibrosante progressiva. Ainda mais convincente: uma redução relativa de 74% surgiu ao analisar todos os dados disponíveis, independentemente dos ajustes de dose.
A dose de 30 mg também mostrou potencial, com uma redução relativa de 42% na análise enquanto em tratamento, embora a dose mais alta tenha demonstrado eficácia superior.
Eficácia Consistente em Diversos Subgrupos de Pacientes
O que torna esses resultados do BMS-986278 particularmente promissores é a sua consistência. O efeito do tratamento permaneceu robusto, quer os pacientes recebessem terapia antifibrótica de base ou não — aproximadamente 38% dos participantes usaram medicamentos antifibróticos padrão junto com o agente investigacional. Da mesma forma, o benefício foi mantido independentemente de os pacientes apresentarem padrão de pneumonia intersticial usual (UIP), sugerindo uma aplicabilidade ampla.
Perfil de Segurança: Uma Vantagem Crítica
Para além da eficácia, a tolerabilidade é extremamente importante. O BMS-986278 demonstrou um perfil de segurança favorável: as taxas de eventos adversos foram comparáveis ao placebo (67% vs. 78% no braço de placebo), enquanto as taxas de descontinuação do tratamento devido a eventos adversos foram dramaticamente menores — apenas 0% no grupo de 60 mg versus 15% no placebo.
Os efeitos colaterais mais comuns (diarreia, COVID-19, tosse, dispneia) ocorreram em frequências gerenciáveis, com eventos adversos graves significativamente menores nos grupos de BMS-986278 (12% na dose de 60 mg versus 32% no placebo).
Mecanismo e Contexto
O BMS-986278 direciona-se ao receptor de ácido lisofosfatídico 1 (LPA1), inibindo-o — abordando uma via patogênica reconhecida na fibrose pulmonar. Evidências pré-clínicas sugerem que o antagonismo de LPA1 pode mitigar lesões pulmonares e a progressão fibrosante, posicionando essa abordagem como uma potencial primeira opção de classe.
O Que Acontece a Seguir
Esses achados da Fase 2 na fibrose pulmonar progressiva, combinados com dados previamente relatados de fibrose pulmonar idiopática (mostrando redução relativa de 62%), abriram caminho para o programa global de Fase 3 ALOFT (Um ensaio de antagonista de LPA1 para fibrose pulmonar). Tanto os grupos de IPF quanto de PPF estão avançando para avaliações em estágio avançado.
Por Que Isso Importa
A fibrose pulmonar continua sendo um desafio sério — sobrevida mediana de 3 a 5 anos após o diagnóstico, taxa de sobrevivência de 5 anos próxima de 45% para IPF. A maioria dos pacientes experimenta falta de ar progressiva, comprometimento físico e necessita de oxigênio suplementar contínuo. A inovação estagnou, com poucas novas terapias aprovadas em quase uma década. O BMS-986278 representa um potencial ponto de virada para milhares de pacientes globalmente que vivem com essa condição.
Os dados da Fase 2 serão apresentados formalmente no Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia 2023 (9-13 de setembro, Milão), com a inscrição agora passando para avaliação de Fase 3. Para a comunidade de fibrose pulmonar, a trajetória do BMS-986278 oferece uma esperança genuína.