A evolução do ecossistema cripto segue sempre uma regra — a cada poucos anos surge um protocolo que, por jogadores experientes, é rotulado de "excessivamente centralizado" ou de "design redundante", e anos depois torna-se o padrão em todas as carteiras. Olhando para o final de 2025, o surgimento do APRO é a melhor prova desse roteiro.

Isso me faz lembrar do início da indústria automotiva. Quando os primeiros carros começaram a circular, quem puxava carruagens zombava dessa coisa que poderia pegar fogo, sem confiabilidade alguma, sem a docilidade de um cavalo e incapaz de passar por estradas de lama. Até que o asfalto cobriu o continente, e quem segurava as rédeas acabou se voltando para o volante. A maioria dos opositores ao APRO passou por uma mudança de mentalidade semelhante — de "essa teoria não é suficientemente descentralizada" para "isso é realmente confiável e fácil de usar". O mercado de criptomoedas está sempre repetindo esse momento de "isso é incrível".

O foco inicial das dúvidas era claro: o APRO incorpora um sistema de oráculos preditivos com IA ativa. A lógica tradicional é rígida — código é lei, o oráculo só precisa fornecer preços, por que deixar a IA "antecipar riscos"? É como se, entre pilotos de carros manuais, de repente, entrasse um supercarro totalmente automático. Os veteranos acham que isso tira a pureza do jogo.

Mas a onda de volatilidade extrema do ano passado mudou tudo. O mercado engoliu bilhões em liquidez em um instante, e os pools de fundos integrados ao protocolo APRO, com alertas antecipados e defesas proativas de risco via IA, sobreviveram. Naquele momento, a teoria da crença caiu — quem sobreviveu, tem voz no jogo.