Sberbank, o maior banco da Rússia, começou a testar ferramentas de finanças descentralizadas (DeFi), à medida que o interesse em criptomoedas continua a crescer entre os seus clientes.
Numa entrevista ao meio de comunicação empresarial russo RBC, Anatoly Popov, vice-presidente do conselho de administração do Sberbank, confirmou que o banco está a pilotar várias soluções relacionadas com DeFi.
Ele enfatizou que qualquer oferta de ativos digitais será desenvolvida em estreita coordenação com os reguladores. Esta abordagem visa alinhar a inovação com a certeza jurídica.
Popov também sugeriu que os serviços bancários tradicionais e os modelos de finanças descentralizadas estão a convergir gradualmente. No entanto, recusou-se a nomear plataformas DeFi específicas envolvidas nos projetos piloto.
Crescente Demanda dos Clientes Molda a Estratégia
A movimentação cautelosa do Sberbank ocorre num contexto de aumento da procura por exposição a criptomoedas no setor bancário russo. Além disso, as expectativas de que um quadro regulatório mais claro possa surgir até 2026 reforçaram ainda mais esta tendência.
A escala do banco acrescenta ainda mais importância à mudança de estratégia. O Sberbank atende aproximadamente 109 milhões de clientes de retalho e mais de 3 milhões de clientes corporativos, com uma capitalização de mercado estimada em $83 bilhões.
Popov observou que muitos desses clientes procuram ativamente formas simples e confiáveis de aceder a ativos cripto.
Movimentos do Setor Antes da Aprovação Regulamentar Completa
Apesar do interesse crescente, os bancos russos ainda estão proibidos de oferecer negociação direta de criptomoedas através das suas aplicações móveis. Como resultado, os clientes ainda não podem comprar ou vender ativos digitais diretamente sem aprovação regulatória.
No entanto, a procura está a tornar-se cada vez mais visível. No início deste mês, o banco rival VTB informou que os seus clientes preferem manter criptomoedas reais em vez de negociar derivados.
Em paralelo, várias grandes empresas russas lançaram produtos de investimento em cripto, incluindo fundos, obrigações e índices ligados ao Bitcoin, Ethereum e ETFs de criptomoedas listados nos EUA.
Dados do Banco Central Reforçam Adoção Crescente
Durante a entrevista, Popov citou estimativas do Banco Central da Rússia para ilustrar a escala da adoção de cripto. Ele afirmou que o valor total de criptomoedas detido em carteiras russas atingiu $10,35 mil milhões até março de 2025. Esta estimativa apoia a visão dos bancos de que o interesse por cripto está a tornar-se uma tendência financeira mainstream.
No entanto, a expansão enfrenta resistência do banco central. Embora o Banco da Rússia apoie a tecnologia blockchain, permanece cético em relação às criptomoedas privadas.
Por exemplo, a governadora Elvira Nabiullina criticou repetidamente ativos como o Bitcoin, preferindo alternativas controladas pelo Estado, como o rublo digital. Esta posição há muito tempo limita os bancos e as empresas de blockchain que operam no país.
Mudanças na Política Abrem Porta às Blockchains Públicas e à Tokenização
No entanto, essa postura começou a suavizar-se em 2025, criando espaço para experimentação limitada. Esta mudança segue o crescimento da mineração doméstica de Bitcoin e o uso crescente de criptomoedas em liquidações transfronteiriças.
Neste contexto, o Sberbank está a ampliar a sua estratégia de blockchain. Anatoly Popov afirmou que o banco já não se foca apenas em redes privadas.
Em vez disso, está a explorar blockchains públicas para aplicações específicas e controladas. A tokenização de ativos e a integração técnica com protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) estão entre as áreas em análise.
O Ethereum emergiu como um candidato principal. Em particular, Popov destacou a sua infraestrutura madura, funcionalidades avançadas de contratos inteligentes e arquitetura transparente, que, segundo ele, facilitam a integração e proporcionam acesso a mercados globais.
Ele concluiu que ativos tokenizados já estão a ser testados mundialmente e que a Rússia está a começar a mover-se na mesma direção, desde que a clareza regulatória e as condições económicas continuem a melhorar.
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O Sberbank da Rússia testa ferramentas DeFi em meio a uma supervisão regulatória rigorosa
Sberbank, o maior banco da Rússia, começou a testar ferramentas de finanças descentralizadas (DeFi), à medida que o interesse em criptomoedas continua a crescer entre os seus clientes.
Numa entrevista ao meio de comunicação empresarial russo RBC, Anatoly Popov, vice-presidente do conselho de administração do Sberbank, confirmou que o banco está a pilotar várias soluções relacionadas com DeFi.
Ele enfatizou que qualquer oferta de ativos digitais será desenvolvida em estreita coordenação com os reguladores. Esta abordagem visa alinhar a inovação com a certeza jurídica.
Popov também sugeriu que os serviços bancários tradicionais e os modelos de finanças descentralizadas estão a convergir gradualmente. No entanto, recusou-se a nomear plataformas DeFi específicas envolvidas nos projetos piloto.
Crescente Demanda dos Clientes Molda a Estratégia
A movimentação cautelosa do Sberbank ocorre num contexto de aumento da procura por exposição a criptomoedas no setor bancário russo. Além disso, as expectativas de que um quadro regulatório mais claro possa surgir até 2026 reforçaram ainda mais esta tendência.
A escala do banco acrescenta ainda mais importância à mudança de estratégia. O Sberbank atende aproximadamente 109 milhões de clientes de retalho e mais de 3 milhões de clientes corporativos, com uma capitalização de mercado estimada em $83 bilhões.
Popov observou que muitos desses clientes procuram ativamente formas simples e confiáveis de aceder a ativos cripto.
Movimentos do Setor Antes da Aprovação Regulamentar Completa
Apesar do interesse crescente, os bancos russos ainda estão proibidos de oferecer negociação direta de criptomoedas através das suas aplicações móveis. Como resultado, os clientes ainda não podem comprar ou vender ativos digitais diretamente sem aprovação regulatória.
No entanto, a procura está a tornar-se cada vez mais visível. No início deste mês, o banco rival VTB informou que os seus clientes preferem manter criptomoedas reais em vez de negociar derivados.
Em paralelo, várias grandes empresas russas lançaram produtos de investimento em cripto, incluindo fundos, obrigações e índices ligados ao Bitcoin, Ethereum e ETFs de criptomoedas listados nos EUA.
Dados do Banco Central Reforçam Adoção Crescente
Durante a entrevista, Popov citou estimativas do Banco Central da Rússia para ilustrar a escala da adoção de cripto. Ele afirmou que o valor total de criptomoedas detido em carteiras russas atingiu $10,35 mil milhões até março de 2025. Esta estimativa apoia a visão dos bancos de que o interesse por cripto está a tornar-se uma tendência financeira mainstream.
No entanto, a expansão enfrenta resistência do banco central. Embora o Banco da Rússia apoie a tecnologia blockchain, permanece cético em relação às criptomoedas privadas.
Por exemplo, a governadora Elvira Nabiullina criticou repetidamente ativos como o Bitcoin, preferindo alternativas controladas pelo Estado, como o rublo digital. Esta posição há muito tempo limita os bancos e as empresas de blockchain que operam no país.
Mudanças na Política Abrem Porta às Blockchains Públicas e à Tokenização
No entanto, essa postura começou a suavizar-se em 2025, criando espaço para experimentação limitada. Esta mudança segue o crescimento da mineração doméstica de Bitcoin e o uso crescente de criptomoedas em liquidações transfronteiriças.
Neste contexto, o Sberbank está a ampliar a sua estratégia de blockchain. Anatoly Popov afirmou que o banco já não se foca apenas em redes privadas.
Em vez disso, está a explorar blockchains públicas para aplicações específicas e controladas. A tokenização de ativos e a integração técnica com protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) estão entre as áreas em análise.
O Ethereum emergiu como um candidato principal. Em particular, Popov destacou a sua infraestrutura madura, funcionalidades avançadas de contratos inteligentes e arquitetura transparente, que, segundo ele, facilitam a integração e proporcionam acesso a mercados globais.
Ele concluiu que ativos tokenizados já estão a ser testados mundialmente e que a Rússia está a começar a mover-se na mesma direção, desde que a clareza regulatória e as condições económicas continuem a melhorar.