Os blockchains têm feito a mesma coisa ao longo destes anos — apenas para a humanidade. Nós ainda usamos carteiras, assinamos transações, ficamos de olho naquelas interfaces feitas para operações manuais. Este processo funciona para as pessoas, mas torna-se um problema para a IA.

Os agentes de IA são diferentes. Eles não são coadjuvantes de "auxílio", mas programas que atuam de forma independente. Quando é hora de fazer uma transação, eles fazem; quando precisam chamar um contrato, eles chamam, sem precisar de orientação humana. Imagine um assistente automatizado que pode realizar toda uma sequência de operações na blockchain — desde a iniciação até a liquidação, tudo por conta própria.

Parece ótimo, não é? Mas a realidade é: a maioria das blockchains fica boquiaberta ao ver um papel como o do Agente de IA. A "linguagem" da blockchain foi feita para humanos, e quando um Agente de IA aparece, parece que está falando uma língua de Marte, que o sistema simplesmente não consegue entender. Carteiras, mecanismos de assinatura, fluxos de interação — tudo isso é voltado para humanos. E quando a IA quer participar? Desculpe, primeiro tem que traduzir.

É aí que surge a oportunidade do Kite. Basicamente, o que o Kite faz é ensinar a blockchain a "ouvir" o que o Agente de IA está dizendo. Não é fazer o Agente se adaptar à blockchain, mas tornar a blockchain inteligente o suficiente para entender e executar diretamente as instruções do Agente. Assim, a barreira entre automação e operações na cadeia é quebrada.

Se a Web3 quer realmente entrar na era da automação, esse passo é essencial.