Na semana passada, o relatório de emprego não agrícola de novembro nos EUA foi divulgado, e os dados foram considerados "desastrosos" — apenas 64 mil novos empregos, e a taxa de desemprego subiu diretamente para 4,6%. Normalmente, isso seria uma forte notícia negativa, mas a reação do mercado foi exatamente o oposto: o ouro disparou até 4280, e diversos ativos também começaram a agitar-se.

O que exatamente está acontecendo?

Resumindo, a lógica do mercado mudou. Antes, dados econômicos bons eram positivos e ruins eram negativos. Agora? Dados ruins estão sendo interpretados como — o Federal Reserve precisando injetar liquidez. Essa mudança tem um respaldo real: na semana passada, o Fed realmente agiu, cortando a taxa de juros em 25 pontos-base e iniciando o chamado "ajuste técnico de expansão de balanço". Em outras palavras, as portas da liquidez estão se abrindo.

Mas não pense que é tão simples. As divergências internas no Fed atingiram o nível mais alto em 5 anos, e a pressão inflacionária ainda paira no horizonte, o que significa que a política não será implementada de forma unificada de uma só vez. O mais provável é um processo de "oscilar para cima", com o mercado balançando entre confirmações e reconfirmações.

A mudança mais importante está aqui: passamos de um mercado passivo, que apenas "observa os dados e reage", para um mercado ativo, que "apostar nas expectativas de política". O quadro tradicional de avaliação de alta ou baixa já não funciona mais sob essa lógica.

O ouro foi o primeiro a agir, liderando o movimento, e as criptomoedas como o Bitcoin também estão se preparando. A verdadeira força por trás dessa tendência não é tanto a saúde da economia, mas a expectativa de liquidez. Para onde o capital flui, ali está a oportunidade.